Sem dúvida doméstico. Dia 28 foi o dia do solteiro. Não fazia a mínima ideia que tal dia existia! Agradeço a um bloger simpático que deu essa informação… Acreditem ou não eu sentia que nesse dia tinha algo a comemorar e de facto tinha razão.

Não ao jeito de comemoração mas muito adequado à situação esteve o meu dia. Virei um autêntico homem doméstico! Desde que acordei até que fui trabalhar à noite lavei e sequei roupa, aspirei e lavei o chão, arrumei o quarto, dobrei roupa e fiz a cama, qual escrava Isaura. Podia o meu dia estar mais adequado à comemoração? Ora eis que no final do dia me questiona uma pessoa fixe, daquelas mesmo fixes, se fui doméstico ou domesticado…? Não se está mesmo a ver? Acreditando na sabedoria popular: antes só que mal acompanhado! Nem sempre estão certos os provérbios porém trazem consigo a aprendizagem de vida ao longo de gerações e gerações, por vezes os tempos é que mudam…

E que bela forma de descontrair antes do trabalho se não regressando à família que mais gosto? Bem-vindos Brothers and Sisters… Já tinha saudades vossas. O trama familiar envolvente, a paixão e intensidade de cada personagem, as promessas de mudança no enredo… o caos de vida de cada um que depressa passa a ser o de todos! Adoro esta série…! Recomendo a todos os interessados.

E hoje conheci mais uma daquelas pessoas que comummente se designam de in pack! Pelo menos acredito nisso mesmo. A estrela de David assenta-lhe muito bem para a protecção do seu coração na luta que vem travando – conseguirás um dia alcançar o que seja melhor para ti… Estarei aqui se precisares e bem-vindo a este meu pequeno cantinho.


Sem dúvida que sou alguém doméstico por domesticar… Não por opção mas porque assim é de momento... Aceitam-se candidatos, alguém se propõe?

Ainda me sinto estranho quando me perguntam como estou. Digo que sim, estou bem porque afinal não estou mal. Quem não teve um desgosto de amor? Serei ridículo ao sofrer e deixar a mágoa invadir-me por dentro e por fora? Sofrer por quem não merece ou sofrer por mim que sinto ser merecedor mas a vida teima em achar que não, por mim, em vez de mim ou comigo e eu sou o único que não me apercebo…? Começo a ficar cansado de mim e deste estado de espírito enublado em que me encontro mas não sinto escolha nele mesmo. Não sinto escolha na possibilidade do amor errado, não sinto escolha na possibilidade de sofrer ou não sofrer, não sinto escolha num futuro melhor, não sinto escolha…

Têm-me criticado! Alegam que tenho o que quis e posso ter o que quero! E eu só me pergunto (e mais que isso, tento desbravar esse caminho de vida) se realmente assim será. Desligo-me de mim mesmo e olho em redor: tenho a minha vida determinada pela minha vontade, a minha profissão que conscientemente escolhi, o meu trabalho que por sorte (é no que acredito) consegui, a área profissional de eleição, uma em várias, tenho amigos… Mas depois de tudo o que vejo, o que procuro não encontro. Não tenho amor.

Coisas pequenas não são pequenas coisas e é com elas que eu sobrevivo. Não são pequenas coisas e é isso que me faz continuar em frente, dia após dia. E nesses dias é onde encontro coisas pequenas … os jantares com amigos, a palavra da amiga, a mensagem do amigo, o amor-perfeito a crescer no jardim, as conversas e partilhas, mesmo que parvas, os prazeres, mais intelectuais que físicos, retirados da leitura, televisão, computador, ps2… pequenas fogueiras que tentam aquecer o coração.

A todos, a tudo, obrigado pelo esforço. Acredito que um dia conseguirei…

… e uma grande ajuda acabou de regressar: Anatomia de Grey. O que eu gosto desta série! Novos episódios em que chorei e ri, vivi com aquelas personagens as suas vidas, fictícias, mas ainda assim, tão reais e palpáveis. E a propósito, se alguém conhecer um O’Malley eu estou interessado…

PS: Estava já canso da mesma música. Trago uma nova sugestão. Espero que gostem tanto como eu…



Tenho andado afastado do blog. Isto quase pareceu um capricho irreflectido mas não. Quero assegurar-me de que é mais que isso: um espaço meu, que me pertence e me faz falta. Peço desculpa aqueles, poucos ou muitos, que o seguem ou seguiram pela falta de actualizações… A verdade é que tenho andado, ou melhor, sentindo-me um pouco perdido em mim mesmo. Vá, sendo realista, muito perdido mesmo... Tenho feito alguns esforços, um pouco infrutíferos – é certo – para me encontrar. Acho que isto é a consequência inevitável de algumas escolhas e acontecimentos de vida (recentes e menos recentes). A verdade é que não sei o que fazer para ultrapassar esta fase mas estou confiante que o conseguirei...

Por estranho que pareça, o pensamento mais frequente que tenho tido é que gostava de voltar a ser criança. A forma simples como vivem e constroem o mundo. A forma como classificam nele o bem e o mal, fieis ao juízo dos seus olhos verdadeiros, inocentes e, por vezes, até cruéis pois perdem-se na simplicidade da consequência das suas vidas e das vidas dos que a rodeiam. Tenho saudades de ser e de viver sendo assim. Era tudo tão mais facil... Viver com o que compreendem e por de lado o incompreensivel!

As pessoas crescem, por vezes, de forma tão cruel para elas e para os outros. É-me tão difícil compreender o mundo por vezes… Não me considero alguém inocente, muito para lá disso. Porém, apercebo-me que uma das minhas qualidades se tem transformado num defeito para mim – a crença. Acredito(ava) demais nas pessoas. Porém, as desilusões directas ou indirectas nas pessoas, das pessoas e com as pessoas têm-me magoado e obrigado a uma concepção diferente de mim em relação aos outros.


Sei e sempre soube, por experiência própria, que a vida não é fácil. Apercebo-me nos dias de hoje, tarde já, que as pessoas a tornam mais difícil… porque?

About this blog

É mais um Blog de um Homossexual que vive (ou tenta viver) a sua vida. Alguém convicto que a orientação sexual não é uma escolha, que não sou diferente e como tal a descriminação não faz sentido... Será que ainda posso acreditar no Pai Natal??!!

Os que andam por aqui...