Apesar de tudo a vida continua. Nunca pensaram, num determinado momento das vossas vidas, como seria acordar e viver o dia seguinte, como seria viver a seguir e até ao final das vossas vidas com a certeza de nada ser igual ao que era? Pois bem, a verdade que todos sabemos mas por vezes nos esquecemos é que, na vida, nunca nada e certo ou igual ao que já foi e até mesmo ao que hoje é. A vida é uma constante mudança ao sabor da passagem do tempo tornando, cada momento, único e irrepetível. Por isso, aconteça o que acontecer, a vida continua!

Assim sendo, caros amigos, leitores e outros que só de passagem por aqui passam informo que vou de férias nos próximos tempos. Deixo mágoas e receios em terras lusitanas recheadas do fado e tristeza e parto com vontade e esperança para o frio e neve das terras Suíças em busca de diversão, paz de espírito e sossego do coração. Darei notícias no meu regresso e quem sabe até fotos…

E porque a vida continua, e a pedido especial de alguém igualmente especial, partilho convosco um sonho, em modo de esboço de vida futura, ainda pouco certo mas de contornos já definidos. Procurando a companhia necessária ao aconchego de uma casa e um lar, o nosso lar, acordei com uma amiga em morarmos juntos. Não é para breve. Porém, será o final dos dias de sossego de ambos e quando isso acontecer, homens, o vosso sossego terminou também (ou não). Até lá, vivo o sonho de tais aventuras, na esperança do fado da minha vida permitir o sonho esboçado passar a existência realizada.
A vida continua, sempre continuará, e não somos, em boa verdade, ninguém para a manipular. Somos apenas alguém para a viver. Vivão a vossa vida não se permitindo serem voces vividos por ela.

A condição humana atribuí-nos a estranha capacidade de amar. Esta, pode ser tão benéfica quanto maléfica para quem a vivência. Muito mais forte que a vivência do amor é a desilusão em quem e por quem se ama, mais até que o amor não correspondido. E estranho é, este sentimento, que imperceptivelmente se apodera de nós, da nossa identidade, comandando o nosso coração, qual motor vital da máquina que é o corpo e da existência que passa, a partir de então, a ter um propósito e a vivê-lo como sua razão de existência como se antes, apenas vivesse na expectativa eterna e insondável de tal acontecimento. Pior é, que a memória associada a essa estranha capacidade de amar, crie uma memória sentimental sem volta. O amor marca o coração e a mente, como cicatriz de ferro em brasa, de forma permanente com durabilidade indefinida mas a tender para o eterno na nossa duração.

A inevitável ida à terra trouxe consigo o reviver de memórias que a distância ajuda a reter no fundo do coração. Ao percorrer os caminhos que antes solitários (com vontade de amar) e depois nossos (amando), o coração, até aqui adormecido, despertou, mais ainda, quando numa esquina surge alguém cuja fisionomia, à primeira vista, se aproximava dos teus traços. O coração disparou e fez-me parar. O sentimento, contudo, mudou. Não senti ódio, não senti amor. Não senti saudade mas senti angústia de ver algo que, conscientemente, sei não querer ver, mesmo que a imaginação corra e me leve, por vezes, até esse encontro que não quero que aconteça.

Percebi a vontade e desejo que tenho de esquecimento. Agarro-me à percepção de vida errada para que caminhava. Certeza constante de desconforto e desconexão de vidas. Nem tudo são rosas… e quero esquecer. Porém, sinto-me preso ao que vivi pela memória emocional que não escolhi seleccionar, porém, certo que se escolhesse, sem antevisão do futuro, a escolheria, crente na continuidade do que se crê ser duradoiro no inicio de uma relação. Percebi, de forma clara e inequívoca, a vontade que tenho em lembrar-me, todos os dias, de te esquecer. Se esquecer-te não for possível, lembrar-me-ei de o fazer todos os dias. Até um dia, em que a tua lembrança seja apenas mais uma lembrança recôndita na memória do coração. Não sei o que guardarei de ti: se os momentos bons ou os momentos maus. Porém estou certo que me acompanharás para sempre. Apenas e se necessário, para sempre, me lembrar de te esquecer.




Serve este post para aceitar e dar continuidade ao prémio que recebi em duplicado: Olha que blog Maneiro! (o primeiro prémio do blog!) Ele agradece e o seu autor também a todos aqueles que perdem algum tempo das suas vidas a passar por cá, a lê-lo, a ouvir o que vai tocando, a ver as imagens, enfim, a ver a expressão daquilo que vai surgindo nesta minha cabecinha ou coração… Claro que em especial tenho que agradecer ao MM e ao R_C_Y a distinção.

Estão, assim cumpridas duas das três regras deste prémio, passo à divulgação e distinção de mais felizes contemplados…. Suspense…. E os vencedores são:

Como forma de dar continuidade a esta cadeia deverão, os contemplados, proceder aos seguintes pontos:

  1. Exibir o selo do prémio;
  2. Publicar o link do bloguer que vos escolheu;
  3. Premiar outros blogs e notificá-los.

Em jeito de comemoração deixo uma nova música que encontrei enquanto escrevia este post.




Confesso, estava a morrer de curiosidades várias… Depois do convite aceite, armei-me com amiga de baixo do braço e eis que lá vamos nós, todos pimpões, rumo ao Casino Estoril. O espectáculo, esse, prometia mentes e olhos livres de preconceito frente a exposição de 8 rapazes que mostram, em nome da arte e sabe-se lá mais o quê, o que têm de mais íntimo (e não me refiro, claro, às suas almas) – Rapazes Nus a Cantar!.

Para quem não sabe o espectáculo, de origem americana, existe há 10 anos, tendo já sido realizado e adaptado em vários países. Surge em Portugal pelas mãos dos irmãos Feist. Como musical que é permite aos espectadores a música, representação, dança acerca do homem e do que o caracteriza: os seus órgãos genitais! E, para estar em completa consonância com o propósito, encontram-se pois, os ditos cujos, expostos.

Ora, porque gosto de espectáculos, cultura e musicais eis que tive curiosidade sobre tal, mais ainda sendo gay e podendo ver, integralmente, belos homens, na plenitude da sua essência que tanto amo! Contudo, devo confessar que cantar lá cantaram mas, a mim, não me encantaram…

Esperava uma temática focada na masculinidade no seu global e surge, quase maioritariamente, um musical gay! Seguia-se as vozes que, excepto duas ou três, não são capacitadas aos requisitos musicais da peça. As coreografias pareceram-me pouco trabalhadas e muito menos originais… Felizmente também ouve coisas boas, claro. De salvaguardar o grande talento do Nuno Feist ao piano, as musicas, embora a tradução/adaptação tenha ficado longe da perfeição, foram interessantes. Destaco um momento em especial, muito bonito e romântico, entre dois dos actores, para mim as melhores vozes e a melhor música do espectáculo.

Bom, e as pilas, o que vos tenho eu a dizer, … são pilas!!!

A noite seguiu nas slot machines, como não podia deixar de ser, em que joguei 5€ e tirei 20€… Para os invejosos ou invejosas, apenas digo que foi a primeira vez que aconteceu. Será que o azar no amor está agora a dar os seus frutos em retardado?

Para acabar mesmo, mesmo bem, só podia ser no bar, ao som de música ao vivo em frente a um grande gelado de brownie, gelado, nozes e chantilly com topping de morango…

Obrigado miga!

About this blog

É mais um Blog de um Homossexual que vive (ou tenta viver) a sua vida. Alguém convicto que a orientação sexual não é uma escolha, que não sou diferente e como tal a descriminação não faz sentido... Será que ainda posso acreditar no Pai Natal??!!

Os que andam por aqui...